quarta-feira, 2 de março de 2011

O encontro com a megera

Há sempre uma tensão ainda que disfarçada quando se vai encontrar o possível empregador, imagine então quando essa ( é mulher) é uma reconhecida megera no seu meio de atuação. Mas você - ainda- não sabia disso e vai até lá com a sua habitual cara de paisagem e o coração torcendo para que dê tudo certo, para que somente dessa vez você não gagueje e fale palavras inteligíveis, ''você vai conseguir''.

Na sala de espera uma secretária não muito simpática te atende, tem outras pessoas esperando também, todas com um sorriso amarelo mas algumas tentar conversar e descobrir algo do concorrente porém o que descobrem é a cara de pau do entrevistador em marcar todo mundo para a mesma hora, afinal , como disse no post anterior, quem está desempregado tem mais que esperar, certo? Não está fazendo nada mesmo.

Chegou a sua hora, a Sra. Fulana vai te atender, ela é dona de uma das marcas para senhoras mais conhecidas do Rio de Janeiro, as suas mãos estão suadas, você entre na sala , sorri e ela nem te olha na cara, por cima te faz três perguntas, se desfaz das suas experiências profissionais, nem cinco minutos se passam e pede que você vá embora , acabou a entrevista. A sua sensação é de alívio, o tempo que passou naquela sala pareceu uma eternidade. Na saída ainda deseja boa sorte para os ''concorrentes'' mas boa sorte não na entrevista mas para aquele que for o escolhido, ele precisará. Com a consciência de que escapou de uma fria o melhor é procurar um bar para tomar uma coca-cola gelada e relaxar. É isso que você fará.

A história aconteceu comigo e ao contá-la para algumas colegas, soube que uma passou pela mesma coisa, outras duas foram selecionadas e não conseguiram ficar um mês no local. Meses depois comecei a trabalhar em uma empresa e tinha contato com essa outra, a cada vez que ligava para tratar sobre assuntos referentes ao trabalho em conjunto uma nova pessoa me atendia e dizia que a antiga havia saído. A rotatividade era alta e me foi confirmada por uma fornecedora da marca, o assunto dos bastidores? Ninguém aguentava a Sra. Fulana. Ela gritava, maltratava os seus empregados ( entre eles sua filha), xingava, os obrigava a fazerem hora extra sem remuneração e os impedia no primeiro mês de usar o telefone, além de vigiá-los eternamente neste e na internet . Ao sair de lá uma informante-amiga me disse que foi impedida de levar sua agenda de contatos, é mole? Faltou alguém avisar à essa senhora que a escravidão já acabou e que funcionários felizes ajudam o negócio à prosperar. Mas, de certo, ela julga não precisar deles. Na minha concepção, esse tipo de gente, mais dia ou menos dia, ainda vai quebrar a cara...ou a empresa. Vamos apostar?


Nenhum comentário:

Postar um comentário